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terça-feira, 5 de maio de 2009
"Ainda não acredito que refilmaram meu longa em Hollywood", diz diretor de terror tailandês
Não é novidade já faz alguns anos: se você quer filmes de terror que sejam realmente assustadores, é mais fácil procurar no cinema de países asiáticos. Até Hollywood já percebeu isso, de O Chamado até a recente aquisição dos direitos de Death Note (um mangá que virou animê e, mais tarde, uma série de filmes no Japão) pela Warner.
Mas se o Japão e Hong Kong já foram explorados à exaustão pelos EUA, a Tailândia ainda está razoavelmente intacta. A cultura local ainda nos parece estranha e exótica, garantindo uns calafrios a mais. Recentemente os ianques até tentaram se apropriar desse mistério com o remake de Shutter – e não passou nem perto de conseguir o clima amedrontador do original.
Por trás das câmeras do Shutter original – lançado por aqui como Espíritos – A Morte Está ao Seu Lado - estava Banjong Pisanthanakun, que dividiu a função (e também o roteiro) com o companheiro Parkpoom Wongpoom. Apesar de ter feito apenas dois longas-metragens (o segundo foi Alone, erroneamente lançado no Brasil como continuação de Shutter – e com o título Espíritos 2 – Você Nunca Está Sozinho), Pisanthanakun já está entre os grandes do gênero terror.
Em 2008 ele participou de See Prang (ou 4Bia), que reúne quatro curtas de terror feitos por quatro diretores diferentes. O segmento dele, In the Middle, é uma comédia que tira barato dos filmes de fantasmas estilo O Sexto Sentido. Esse trabalho foi produzido pela GTH, empresa de cinema da qual Banjong Pisanthanakun é sócio. No momento ele está produzindo uma continuação para See Prang, desta vez com cinco diretores. Falei com o diretor por email:
O seu primeiro trabalho, Shutter, já foi um grande sucesso. O que vocês fez antes dele? Trabalhava com curtas-metragens?
Eu me formei em cinema na Universidade Chulalongkorn. Foi lá que comecei a fazer curtas. Depois disso trabalhei como diretor-assistente para uma produtora chamada Phenomena. Aí inscrevi um curta chamado Colorblind em uma competição e ganhei. Logo na sequência a Phenomena me deu a chance de fazer o Shutter.
Parece que a Tailândia começou a produzir muitos filmes de terror só a partir dos anos 90. É isso mesmo? Havia uma produção relevante do gênero antes disso?
Os filmes de terror tailandeses começaram a ser produzidos por volta dos anos 90, então já faz um tempinho que existe esse tipo de público por aqui. Com o passar dos anos a popularidade do gênero oscilou bastante. Acho que Vidas do Além (1999) foi o título mais conhecido nesse começo.
Shutter foi refilmado nos EUA e na Índia. Como é ver o seu filme re-imaginado por outras pessoas?
Acho muito interessante – mas ainda tenho dificuldade em acreditar que tenham feito uma versão do nosso trabalho com um elenco de Hollywood.
Quem são seus diretores favoritos de terror? Quem anda fazendo um trabalho interessante nessa área?
Gosto do Alejandro Amenábar, que fez Os Outros. Gosto de todos os filmes dele, mas especialmente do thriller Tesis – Morte ao Vivo.
Como os remakes, as continuações parecem ser parte inevitável do terror. Você pensa em fazer novas partes para Shutter ou Alone? Aliás, você sabia que eles foram lançados no Brasil como se fossem parte 1 e 2?
Sim, eu li na internet sobre Espíritos 1 e 2 serem os títulos no Brasil. Quanto a continuações de verdade, acho que os enredos ficaram bem amarrados ao final de cada longa. Então não penso em fazer continuações.
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