# # Hong Kong # # Taiwan # # China continental # # Japão # # Coreia do Sul # # Tailândia # # Filipinas # # Índia # # Coreia do Norte # # Rússia # # Vietnã # # Singapura # # Camboja # #
sábado, 1 de agosto de 2009
Plastic City começa bem, mas se perde na favela
Quando Plastic City foi exibido em Cannes, as críticas apontaram os dedos para os lugares errados: o tigre branco na floresta tropical, a neve em São Paulo. Na verdade, tudo isso é compreensível dentro do universo do longa-metragem de Yu Lik-wai - mesmo porque esses fatos são explicados com ações ou justificados por cenas de fantasia.
Se a mistura China/Brasil já causou esses mal entendidos, o diretor vai ainda mais longe ao escalar o japonês Jô Odagiri como o protagonista Kirin - sendo que o país de Mao e o Japão são inimigos históricos e, curiosamente, são nivelados pelo preconceito do Brasil, onde todo mundo vira "japa".
De cara, as virtudes da história de Plastic City chamam a atenção: Anthony Wong (mestre do cinema de Hong Kong, de longe o melhor ator em cena) é Yuda, um chefão do contrabando de produtos falsos chineses em São Paulo. Anualmente ele tem de lidar com os políticos locais em ações antipirataria que nunca levam a nada (lembra alguma coisa? Todo fim de ano...). Só que o lado bom do trabalho fica por aí.
Como quase toda estreia de diretor, o filme de Lik-wai tem muitas deficiências. A dublagem do portugues de Kirin é tão irritante quanto sofrível (e, em alguns momentos, as partes em chinês também sofrem desse mal); alguns dos coadjuvantes brasileiros são atores abaixo da média; algumas cenas abusam da boa vontade do espectador (uma, em especial, mostra a revolta da população pobre contra a repreensão da polícia ao comércio de produtos piratas - e o que eles fazem? Uma espécie de performance que mistura le parkour a grafite); a personagem de Tainá Müller fica deslocada, quase sem propósito dentro da trama; e tudo desgringola mesmo quando o núcleo chinês vai parar na favela. Aí - mesmo levando a tal liberdade fantasiosa do filme em consideração - fica difícil levar a história a sério.
Existem dois cortes de Plastic City, um com duas horas e outro com 95 minutos. Este último já foi lançado em DVD na Ásia. Resta saber qual deles estreia no Brasil em 25 de agosto.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário