terça-feira, 29 de junho de 2010

Documentário explora a obsessão dos japoneses com insetos



O documentário Beetle Queen Conquers Tokyo teve uma exibição limitada recentemente nos EUA, além de ter rodado os festivais de cinema (passou inclusive pelo South by Southwest, no ano passado). O filme explora as relações dos japoneses com os insetos, o que leva a coisas como o Japanese Bug Fights.



E você aí, achando que era todo especial por ter um labrador!

"Beetle Queen Conquers Tokyo funciona como uma turnê virtual de acts like a 360°", explica a diretora Jessica Oreck, que trabalha no Museu de História Natural de Nova York, no site oficial do longa. "O filme gira em torno do amor do Japão pelos insetos, e, nesse processo de captura dos diferentes ângulos dessa microcultura ele vislumbra algo muito maior." O que ela quer dizer é que, por meio dessa obsessão mostrada no documentário, você consegue entender melhor alguns aspectos da cultura e filosofia do Japão.

Veja o trailer com uma qualidade melhor aqui.

CCBB promove mostra com todos os filmes de Yasujiro Ozu



Uma ótima notícia para os fãs de cinema japonês: o Centro Cultural Banco do Brasil vai promover uma mostra completíssima dos filmes de Yasujiro Ozu. Olha só:

EMOÇÃO E POESIA: O CINEMA DE YASUJIRO OZU - retrospectiva completa de um dos maiores diretores da história do cinema. CCBB São Paulo - 30 de junho a 25 de julho. CCBB Rio de Janeiro – 27 de julho a 22 de agosto.

Pela primeira vez na América Latina, uma retrospectiva completa do cineasta Yasujiro Ozu, com projeções em película. A mostra Emoção e Poesia: o Cinema de Yasujiro Ozu, realizada pelo Centro Cultural Banco do Brasil, em parceria com a Fundação Japão no Brasil, exibirá todos os 35 filmes do diretor japonês disponíveis hoje, alguns inéditos – 32 longas, 2 curtas e um média metragem - com todas as suas fases criativas, desde os primeiros filmes mudos até os últimos trabalhos.


E não é só isso: o evento terá outros atrativos.

Serão realizados um debate com Carlos Augusto Calil, em São Paulo, e uma masterclass com o Prof. João Luiz Vieira, no Rio; além de apresentações de Benshi – filme mudo com narração da especialista Angela Nagai, acompanhada por músicos que tocamokoto e shamisen, instrumentos tradicionais japoneses, nas duas cidades. A curadoria da mostra é de Arndt Roskens e Tatiana Leite. A mostra também apresenta quatro filmes de importantes diretores que homenageiam o mestre Ozu: Tokyo-Ga, de Wim Wenders, Cinco Dedicados a Ozu, de Abbas Kiarostami, 35 Doses De Rum, de Claire Denis, e Hanami – Cerejeiras em Flor, de Doris Dörrie.


Segundo o release da mostra, "poucos filmes do cineasta foram distribuidos no Brasil. Sem cópias disponíveis, algumas de suas obras eram tidas como perdidas até que, recentemente, os negativos foram recuperados no Japão, pela produtora Shochiku". Então, assim chegam ao cinema brasileiro pela primeira vez filmes como A Mulher e a Barba (1931), Onde Estão os Sonhos de Juventude (1932) e A Delinquente (1933).

Você pode ver a programação de Emoção e Poesia no site do CBBB: São Paulo, que começa amanhã (a do Rio de Janeiro ainda não está lá).

segunda-feira, 14 de junho de 2010

"Tudo é possível", diz especialista sobre a Coreia do Norte, primeiro adversário do Brasil na Copa



É provável que o britânico Daniel Gordon seja o maior especialista em futebol norte-coreano (se é que esse posto existe). Ele dirigiu, em 2002, o documentário The Game of Their Lives, sobre o lendário desempenho da seleção nacional da Coreia do Norte em 1966, que na Copa do Mundo derrotou a Itália e só foi eliminada por Portugal, nas quartas de final.

Com autorização do governo de Kim Jong-il, ele mostrou o que aconteceu com os jogadores daquele time (vários seguiram carreira no exército) e recriou a trajetória do time azarão que assustou os gigantes do futebol. Gordon ainda voltou ao país asiático para fazer outro filme, A State of Mind, sobre os jogos nacionais norte-coreanos (uma grande apresentação de ginástica relacionada pelo governo).

O britânico ainda teve permissão para acompanhar os treinos do 25 de Abril - o time do exército que, nesta Copa, mandou seis jogadores à seleção -, algo normalmente vetado aos jornalistas esportivos. Por e-mail, Daniel Gordon falou sobre o futebol norte-coreano, as chances do primeiro adversário do Brasil no campeonato e as negociações para a realização de The Game of Their Lives.

Como surgiu a ideia para o documentário? Deve ser difícil já começar pensando: "É uma boa história, mas também teremos de lidar com um monte de questões políticas".

Sempre tive uma fascinação com esse time, desde quando meu pai me comprou uma VHS do filme oficial da Copa do Mundo de 1966. Eu era só uma criança, mas fui cativado pelo time e pelo o que eles conseguiram! Inicialmente, não sabia das questões políticas, eu queria fazer um filme puramente sobre futebol. Mas acabei com muito mais...

Você tinha algum contato com a cultura da Coreia do Norte antes disso?

Nada. Eu sabia os nomes de todos os jogadores que derrotaram a Itália, sabia quem marcou os gols de cada jogo - e em que minuto. Mas não fazia ideia de quem era Kim Il Sung [presidente eterno da Coreia do Norte, morto em 1994, mas que continua como líder simbólico do país, hoje comandado por seu filho, Kim Jong-il].

O quanto de burocracia vocês tiveram de enfrentar para poder entrar no país?

Não foi nem uma questão de burocracia, mas sim de idas e voltas para ganhar confiança. Eles precisavam ter certeza de que eu era exatamente quem eu dizia ser, e que o filme se manteria em um tom neutro. Isso envolveu muita persuasão, mas, quando eles concordaram, não poderia ter sido melhor.

Assim como na seleção que está nesta Copa, muitos dos que integravam aquele time de 1966 saíram do 25 de Abril, o time do exército. Você teve acesso ao time? Como você o compararia, por exemplo, a um time britânico?

Vi muitos dos treinos do 25 de Abril, em todos os níveis. O time principal é bom, consistente - mas não dá para compará-lo a um bom time da liga europeia, os padrões não são os mesmos. Ainda assim, eles têm a capacidade de jogar melhor em uma eliminatória, o que é um alerta aos oponentes deles na Copa do Mundo!

Você se sentiu pressionado para ser crítico em relação ao esquema "país isolado sem liberdade civil" da Coreia do Norte?

Nem um pouco. Eu estava lá para fazer um filme sobre o time de 1966. As imagens dizem tudo.

E a nova seleção? Ela tem alguma chance na Copa do Mundo?

Tudo é possível. Simplesmente não dá para saber - eles são desconhecidos e, na classificação, mostraram o que podem fazer sob pressão. Jogar contra gente como Brasil, Costa do Marfim e Portugal é uma missão gigantesca, mas uma vitória e um empate pode colocá-los na próxima fase - e eles certamente estão nesse nível.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Tailandês vencedor de Cannes vem para a Bienal



Segundo a Folha de S. Paulo, o diretor Apichatpong Weerasethakul, vencedor da Palma de Ouro neste ano em Cannes por Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives, vem para a 29ª Bienal de São Paulo.

Outros asiáticos célebres: os chineses Ai Weiwei (responsável pelo design do Estádio Nacional de Pequim, o "Ninho de Pássaro") e artista plástico multimídia Qiu Anxiong; a fotógrafa/videomaker Fiona Tan, da Indonésia; e os indianos Raqs Media Collective e Amar Kanwar, entre outros.

Filme coreano Late-Night FM leva terror ao rádio

A premissa do filme coreano Late-Night FM é boa: na noite de despedida de seu programa de rádio, uma radialista recebe uma ligação de homem, que rendeu a família dela; ela não pode contar a ninguém e tem de continuar o programa, enquanto ele vai matando as pessoas aos poucos - e ela tenta evitar que isso aconteça.



O filme foi dirigido por Sang-man Kim (de Girl Scout) e tem estreia prevista para o segundo semestre deste ano.